Versos íntimos (II)
O que sobraria então para nós?
O resto dos peixes, o resto do feijão.
O resto do vinho, o resto do último crivo.
Viveríamos de restos?
Eu não!
Preciso de café preto bem forte
E com pouco açúcar.
Preciso-me sentir vivo!
Eis então que sobras não me bastam
Sou o cocheiro de um cavalo a milhões
Que luta para manter o mesmo nos trilhões
Eis que sobras não me bastariam!
Desejo o pecado, escárnio o picadeiro.
Quero o vinho inteiro e a embriaguez lúcida
Quero desejo, menosprezo e impropério
- Viver é perigoso demais!
Mas eu quero...
@J. ROWSTOCK
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