Páscoa.

16/04/2014 01:44

A Madrugada não transpira.

Pois eu sinto me preso nesta ira.

De pensar nas coisas que não se tem.

E poetizar as formas e conteúdos

Dos abusos de me sentir obtuso

Vou além...

 

Confuso, não transpirando o suor necessário.

Para esta madrugada tão silenciosa e fria.

Dentro desta cidade maldita.

Eis o famoso contrato social!

 

Para tanto, na hora mais colossal ainda surge.

O Uivo fatal de mais um abutre podre

Que não quer sair mais a noite.

Apenas coagular o sangue

Que restou, afinal.

 

De modo vertical, vou aos poucos.

Voltando a transpirar calabouços do enredo fatal.

E o cheiro de alcatrão vai saindo.

Espécie de ar reprimido.

Maldito seja.

Este que continua vivo!

 

Que cultiva restos como todos altivos.

Eis que mal nutridos,

Do vinho que não embriaga mais...

 

@J. ROWSTOCK