Nos ares de Freud!

04/04/2014 14:03

Enfim respiro.

Benevolência hostil 

dos desfinhos da alma.

Da calma que vai caindo

direito para fornalha!

 

Eis que vomito, verborragía exata.

Minhas veías continuam sangrando

pelos viéses das palavras!

 

Gangrenando promíscuidade

do enredo infernal

Crú mas crucial.

Meretriz abismal

Que o cheiro de alcatrão 

desvendara da mortalha...

 

(Freud não entenderia mais nada... )

 

Promíscuo, evasão

de cada tragada que supirou a alma.

Deste poeta, embriagada libertinagem.

Errantes, infâmes coagulando a falta de sangue.

 

Que corrói minhas entranhas

das estranhas manhãs;

Desta besta bestial 

Que Freud não concedeu, afinal

Toda sua  famacinética plural!

 

Mas eis que a abominação permaneceu

e se esvai assim como eu...

E baudelaire teria inveja.

Dos meus paraísos artificíais!

 

@J. ROWSTOCK