Harmonia da Glória e do Martírio.
Nos confins de outrora, um anjo bem aventurado.
Apaixonou se por um demônio desmesurado.
E foi que ambos ajuntados, fizeram do fato.
Matrimônio do céu e do inferno um novo clericato.
De modo que cessaram as fornalhas e as mortalhas.
E a escuridão e a claridade entraram em conformidade.
Todavia, os maus aventurados agora voltariam à vida.
Em gracejos demasiado, sem pecados, afinal libertados!
E a promiscuidade do amor, foi aceita por ambos os lados.
E Deus e o Diabo decidiram abençoar o amor rebelado.
Que fizeram do seu parto, Abel e Caim dispostos.
Aos mais belos gostos de uma união simplória.
Na infâmia e na Glória.
Dos matrimônios do céu e da Terra!
E quem pudera impedir um amor que visava unir.
Ambos os lados? Nem vinho, nem pecados...
Todos se igualaram ao abstrato.
Que exato, demonstrava o fato.
Deste amor revolucionário!
@J. ROWSTOCK
Dedicado a W. Blake.